Isto não é bem o texto típico de um blogue, é mais uma encomenda anti-natalícia feita a metro e se nesta crónica Gaspar é o Mau da Fita imaginem o que este gajo vai fazer ao Baltazar e ao Belchior e à Belle Dominique se ela ou ele quserem cu adoptar ou coadoptar enfim um passe de mágica dessas ou desses....
mas enquanto não chega o Observador, vulgus mirone na reforma ou no desemprego que é terno quando é eterno aqui fica ele: ele quem? perguntará o radical extremista
o Vipar ou Viper no Paraíso De PassoS CoElHo.....bom se em vez de cobalto tivesse saído cobre o El Ho
ficava com o Cu à mostra
Vítor
Gaspar foi e portanto já não é ......ministro dumas Finanças muito apostadas em cobrar impostos e pouco em cortar nas despesas e nos consultores das autarquias e doutras mordomias pois durante pouco mais de dois anos esteve à espera de se ir para um emprego melhorzinho, mas
será recordado por muitos mais.....todos os que ficarem vivos para votarem nele para presidente da República ou para Xerife, pois ministros das finanças 40 anos depois de baterem as botas ganham eleições na internet....
É contudo muito cedo para sabermos a
imagem que dele prevalecerá. se dum tipo com umas olheiras enormes como nunca nenhum ministro tinha tido antes, excepto o Santana Lopes se o acordavam antes das 2 da tarde ou se se levantava pelas 11 da matina sem maquilhagem....
Logo ou era gajo para bunga-bunga ao estilo do Berlusconi ou trabalhava bué ou se calhar as duas cousas e nesse caso era um fenómeno
Quando saiu, no início de Julho de 2013,
há quase meio-ano ou se calhar mais que a gente com a crise nem compra calendários
saiu aparentemente com uma carta que causou enorme estrondo, como as cartas do Unabomber dir-se-ia um homem derrotado
pela sua circunstância, por uma economia afundada na crise e um país
zangado e deprimido.
Apenas seis meses depois, no começo de 2014, começa
a surgir-nos como o mal-amado que, afinal, pode estar por detrás da
reviravolta que levou o
Financial Times a referir-se a Portugal
como o herói improvável e surpreendente da recuperação económica dos
países da zona euro. ,,,,*a custa de desemprego para o resto da vida, milhares de cafés e lojecas fechadas
dezenas de milhares de casas às moscas e enfim outras boas economicidades muito em conta
o azeite exporta-se bué.....logo o preço aumenta desde os saldos de 2010 com a garrafinha a euro e meio ou mesmo a euro e vinte e cinco em ternas promoções que duravam meses
Falta-nos ainda distância para um julgamento frio e
rigoroso destes anos, que vão ter muitos irmãozinhos até 2022 ou até 2033 mas quando ele for feito não será possível
ignorar
Vítor Gaspar por Maria João Avillez, o livro-entrevista que terá sido enviado para cortes de papel na 2ª edição de 2014 lá para 2016 ou para resmas de papel higiénico se sairmos do euro entretanto
Livro onde o ministro se revela pouco e não se expõe muito, mas faz esse exercício de forma detalhada, e até temos argumentos que
sustentaram as suas virtuais opções de política económica.
Numa Palavra: Impostos
O que se espera depois de um livro-depoimento editado apenas sete meses
depois de uma demissão controversa e de uma crise política como a que,
no Verão do ano passado, quase ia derrubando o Governo.....espera-se a 11ª avaliação e obviamente a nova tabela dos funcionários do estado a que chegámos
As primeiras
referências ao livro na imprensa não deixam lugar a dúvidas: espera-se,
esperava-se, intriga e, se possível, algum sangue.,,,mas o livro é muito seco, nem urina quanto mais sangue
Alguma coisa haveria
Gaspar de revelar sobre a tensão quiçá mesmo sexual com Paulo Portas e os bastidores da
guerrilha que levaram o então ministro dos Negócios Estrangeiros a
também apresentar a sua demissão “irrevogável”.
E, de facto, Mary Jane
Avillez fez tudo ao seu alcance, bateu, torturou-o com o sono, mas num tipo com olheiras daquelas nem a Pevide e a Gestapo juntas fariam mossa ou mesmo mossad ...todas as perguntas possíveis e
imaginárias resvalaram nele , Mago das e de Finanças ficou-se sempre pela
constatação de factos que são do conhecimento público – a crise aberta
nos mercados da dívida com a demissão de Portas por contraste com a
calma verificada um dia antes, aquando da sua saída; a insistência do
primeiro-ministro na posse de Maria Luís Albuquerque, uma sucessão que
fora cuidadosamente preparada nos meses anteriores – e fugiu de forma
determinada a revelar opiniões particulares talvez por não lhas pagarem – “se eu comentasse as
minhas reacções privadas, elas deixariam de o ser”, responde a certa
altura a uma pergunta mais insistente sobre as relações com Paulo
Portas mostrando que há Ligações Perigosas neste rimance
Mas se nas 400 páginas deste volume não
encontramos intriga, sangue. circus, sexus e só um ou outro palhaço sem nexus o que é que encontramos?
O que é que torna fácil
percorrê-las de fio-a-pavio sem cansaço e sempre com alguma curiosidade?
Resposta; sermos pagos para isso ou sermos duma estupidez tal, que até fazemos comentários em páginas virtuais....ou termos taras pelas letras resumindo sermos tarados sexuais ou prostitutos das letras ou se calhar gladiadores das letras ficava melhor
Encontramos salvoseja o rei Magro Gaspar, as suas referências, a sua circunstância ou mesmo ânsias, os
seus limites *à esquerda e à direita e, sobretudo, os seus argumentos ou falta deles.
Ele o Magus Rex está lá como o
conhecemos, com as suas pausas, os seus sustenidos, as suas colcheias enfim toda uma panóplia de gemidos, sonidos, grunhidos e até pasme-se respostas curtas, o seu humor
desconcertante, que só ele entendia e que fazia mijar a rir só um escol de intelectuais de fraldas.....a sua argumentação cerrada ou serrada em postas qual mago que corta em postas o Povão dentro da caixa com lâminas oratórias muito afiadas , até o seu falar ou falazar falazar baixinho e calmo quase dormente e
sincopado mas sem ritmo só se fosse um jazz muito elitreiro que nos ressoa nos ouvidos moucos E FICAMOS SEM ar? ou AO lermos as respostas que vai
dando CAÍMOS em catalepsia?
Ele o Mago Magro também está lá ou lá está, onde? obviamente no livro...nas suas várias peles também conhecidas por folhas – o estudante que foi o
melhor do curso, quiçá o melhor estudante de sempre
o melhor em quê? em tudo
em que curso? o discurso afirma Pereira diz que em todos
não era mau a nada? não
os homens cinzentos são naturalmente monótonos como o monomotapa
tinha 20 a tudo pois no século 20 ainda não tinham inventado o 21
o precoce candidato a um doutoramento (que conclui aos
27 anos, o que era raro na época), basta ver que o director do observatório do risco ao meio do Castro das Caldas por essa altura ainda nem no 1º ano devia andar pois só se licenciou aos 34
Daqui se vê a vantagem de não andar metido em Praxis dura Praxis
numa página ele é o professor universitário, noutra é um quadro
do Banco de Portugal mas nunca um Miró, noutra o duro negociador da mole Maastricht em nome do SaGrado Ministério
das Finanças, noutra ele é o alto funcionário do Banco Central Europeu e da Comissão
Europeia ao mesmo tempo, por fim no capítulo final deste Livro Impróprio Para CARDÍACOS o Mago do Vº Reich e ainda por cima e por baixo ministro das Finanças, cobrador das rendas do reino. rei dos judeus, gato das botas como o botas, magro entre os magros, ascético de meter pena ao ácido acético e mais azedo do que ele
. É este último período que
mais nos interessa, pois nesta crise uma gota de vinagre cai sempre bem numa salada literária , apesar de os outros capítulos ajudarem a perceber a
personagem claramente multipolar e polifuncional e põe anal nisso, as suas opções que não se conhecem e também as suas contra-indicações e os seus efeitos secundários....pode inclusive levar alguém a cortar a família à catanada. ou atirá-la para um poço. ou mesmo pô-la a arder, enfim efeitos secundários especiais dignos dum livro do Harry Potter...
O argumento do ajustamento sem criar muito ajuntamento que não é Mhyto mas Desmito-o
Antes do mais, o menos que crise do carago ahn.... uma clarificação: este não é um livro é mais um rolo ou um rol de questões com resposta ad-hoc feito para
“limpar ou polir ou dar lustro à imagem iconoclasta ou só i-coño que last é digno de panteão” do ex-ministro ou mago, pois a entrevistadora nunca deixa de
colocar as questões e de desafiar Gaspar para um jogo de matraquilhos....
a gaja,
colocando-se sempre na pele do advogado ou de advogada do Diabo, doravante referido como o Magro Gaspar,,,,
Também não é, ainda, a
obra, destinada,a :recentrar ,um lugar ou mesmo um assento na História, apesar do entrevistado
regressar com frequência a uma referência de indesmentível peso
histórico,
a do legado político e intelectual de Oliveira
Martins, o homem que também passou pelo Ministério das Finanças em
tempos de bancarrota (só que a de 1892).,,,,depois da crise de 1890 e das remessas dos emigrados no pau brasil e na borracha da selva deixarem de surtir efeito na malária económica em que nos finamos
o facto dos estados unidos do brasil guardarem os mil réis e os contos de réis republicanos e laicos dos thalassas marinheiros também ajudou
Uma das virtudes desta obra é poder ser arremessada mais longe do que a de sócrates, dando assis para arremessar em chamas na ucrânia ou na venezuela, logo ajudará em muito as nossas exportações de monos literários, desde que um empreendedor lhes junte una botella de gasolina....e obviamente admito-o um isqueiro chinês..
enfim esta obra de santa ingrácia num ajuda a perceber o fio do pensamento
que sustentou dois anos de acção ou inação no novo acordo... no mais poderoso dos Ministérios I have the Power....
durante a mais grave das crises.,,,desde 1383-85 ou mesmo desde a crise do século III
ou mesmo desde a crise de grafitteiros em Foscôa
Como todas pessoas inteligentes e que
gostam de de...bater, mesmo, o magro Gaspar constrói um argumento de grande solidez
interna apesar de não parecer ser grande cousa visto de fora e que expõe como uma auto-evidência, de um bom senso à prova de
qualquer disputa,,,,.puta
JáMaisFominha tenho tenta resumir esse argumento – mesmo sabendo que é
um argumento bem mais sofisticado e complexo do que a lógica das
“narrativas” para consumo político de curto prazo ou seja nem se consegue perceber se é argumento ou arma de arremesso ou pique medievalóide
O
chão ou o ladrilho ou mesmo o xadrez tridimensional em que assenta o argumento de Gaspar é o cão do euro.....ladra ladra mas nunca morde no problema
Esse é o
seu ponto de partida e paradoxalmente também o da chegada ou da cagada uma dessas, tal como a rainha vermelha corre muito para ficar no mesmo lugar. ou numa realidade que não contesta mesmo nada, mesmo quando
reconhece os defeitos de construção da moeda única e egoista à brava por falta de irmãs más ou boas ou mesmo de uma madrasta de jeito.
Olha-Nos como uma
consequência do que define como “o primado da dimensão nacional da
política”....ou seja olha-nos como olhamos aquele mendigo romeno num metropolitano ou centro cultural ou fluviário deste país....ó filho queres troikos...fosses o melhor do curso
É algo que faz com que, ao mesmo tempo, não sejam possíveis
avanços federalistas (Gaspar diz-se um europeísta não-federalista e
considera que não haverá federalismo europeu em tempos da sua vida.....logo se houver um Buiça de serviço tamos safos,,,,,) e
que o anti-federalismo obriga os países a serem responsáveis pelas políticas que seguem....ou a entrarem em guerra civil como os venezuelanos e Uh-cranianos qualquer dessas serve
Sucede que, na perspectiva do PaPa , Portugal não seguiu nos
anos que se seguiram uma sequência que se segue já com seguidores e tudo
à adesão ao euro as políticas correctas para tornar
a sua economia mais competitiva.....o mar que é o nosso destino mesmo com um tempo destes
Porto Gal de cargueiros chineses que navegam pela passagem do noroeste e demandam o egipto
O resultado foi um crescimento
anémico, uma explosão do consumo baseada no crédito fácil, a opção de
muitas empresas pelo mercado interno e a incapacidade para equilibrar as
contas públicas.
Geraram-se assim dois desequilíbrios que geraram duas
enormes dívidas: o desequilíbrio das contas externas e o desequilíbrio
das contas públicas. Quando a crise estalou e o crédito desapareceu o
nosso país estava especialmente mal preparado para resistir à
tempestade. A aposta do Governo de então em estímulos à economia que
fizeram disparar o défice público agravou ainda mais a situação.
Chegamos aqui aos pontos nevrálgicos do argumento de Vítor Gaspar.
Primeiro aconteceu o fecho dos mercados privados da dívida em Maio de
2010. A partir desse momento o Tesouro português deixou de conseguir
financiar-se naturalmente e passou a recorrer à banca nacional, que foi
financiar-se ao BCE para depois financiar o Estado português. Pelo
caminho o financiamento da economia portuguesa quase secou por completo.
Quando os bancos deixaram de poder prolongar este sistema, o ministro
Teixeira dos Santos forçou o pedido de ajuda externa. Portugal
deixara-se colocar entre a espada e a parede.
O ponto seguinte de Gaspar baseia-se numa análise de John Maynard
Keynes de acordo com a qual, num processo de ajustamento internacional,
“há uma profunda assimetria entre o que podem fazer os países credores e
o que podem fazer os devedores”. Essa assimetria explica a alteração do
jogo de forças no interior da União Europeia, que se deslocou para o
Norte da Europa, e para Berlim em particular, e a pouca margem de
manobra dos países mais endividados. Portugal, sem acesso aos mercados
da dívida, ficou dependente da boa vontade dos nossos parceiros – e das
suas condições, passando a ser “um país de programa”.
É nessa altura que ele chega ao Terreiro do Paço.
Economista, político ou economista/político?
Para Vítor Gaspar os dois caminhos mais radicais para enfrentar a
crise – a denúncia/renegociação da dívida ou/e uma saída do euro –
conduzir-nos-iam inevitavelmente a uma crise e a uma pobreza muito
maiores, pelo que o seu foco foi sempre o de procurar cumprir o
memorando, negociando “silenciosamente” o que houvesse a negociar. O
ex-ministro percorre de forma bastante detalhada os vários momentos da
relação com a
troika, insistindo sempre na ideia de que a única
forma de conseguir cedências – e houve cedências substanciais nos
limites do défice e nos prazos para chegar às metas de Maastricht – era
conseguir demonstrar que Portugal conseguia financiar-se autonomamente,
mesmo que em montantes limitados. Foi isso que ocorreu em vários
momentos, algo que, de acordo com Vítor Gaspar, só foi possível porque
houve um grande alinhamento no discurso interno e no discurso externo ao
mesmo tempo que se realizavam as reformas previstas no memorando, o que
permitiu que Portugal fosse sempre passando nos sucessivos exames
regulares.
Há uma poderosa lógica interna na forma como Vítor Gaspar desenvolve
este seu argumento e sustenta a estratégia que seguiu – e a verdade é
que nunca ninguém conseguiu apresentar uma estratégia alternativa no
quadro da permanência no euro –, mas quando procuramos olhá-lo com
alguma distância percebemos as limitações desta linha de raciocínio. Na
verdade ele é próprio de alguém que procura racionalizar o mundo a
partir da economia e, dentro desta, com um olhar muito marcado pela
experiência de quem viveu no coração do sistema monetário e financeiro. O
país conheceu (e ainda conhece) uma emergência financeira e Vítor
Gaspar procurou encontrar a melhor resposta financeira para ela. Neste
livro ele deixa poucas brechas por onde possam penetrar os que contestam
a sua abordagem, pois explica bem porque é que as metas iniciais não
foram cumpridas e mostra como, afinal, conseguiu, sem alarde, “mais
tempo e mais dinheiro”.
O problema está noutro plano, e talvez seja redutor dizer que está
apenas na política que não houve ao longo de boa parte dos seus dois
anos como ministro. O problema está em que ao lado do sólido argumento
que desenvolve sobre a melhor forma de enfrentar a quase bancarrota, não
se consegue entrever, ao longo das muitas páginas deste volume, qual a
sua ideia para o que deve ser o país do pós-troika. Uma parte desse
vazio é explicada pela sua recusa racional de seguir modelos fechados,
sendo muito significativa a invocação de uma gravura de Goya do Museu do
Prado onde se refere que “o sonho da razão produz monstros”. Economista
conselheiro de decisores políticos, Gaspar vê-se como alguém que esteve
efemeramente emprestado à política para ajudar a resolver problemas
concretos, não como um líder político.
Um bom exemplo da ausência de um discurso mais político sobre o
futuro é o seu lamento sobre os portugueses não se entenderem sobre o
nível de impostos que estão dispostos a pagar para terem o nível de
serviço que exigem dos serviços públicos. Trata-se de uma afirmação com
sentido político mas a que falta uma outra face, pois Gaspar nunca
esclarece onde ele próprio gostaria que se situasse o ponto de
equilíbrio entre a intervenção do Estado e a liberdade dos cidadãos.
(Talvez significativamente uma das raríssimas omissões no exaustivíssimo
questionário de Maria João Avillez, uma rara falha na revisita às
medidas que tomou enquanto ministro, é a do episódio do anúncio do
“enorme aumento de impostos”.)
Há, porventura, uma outra explicação para a falta de elaboração de
Gaspar sobre o sentido que deveriam ter as políticas públicas, uma
explicação porventura surpreendente e que está na última página do
livro BOLAS TUDO ISTO E A RESPOSTA AFINAL ESTÁ NO FINAL
ISTO JÁ PARECE RIMANCE POLICIAL
O CULPADO SOARES TINHA RAZÃO É O MERCADO ......
E explica porquê: “Sou um
adepto de uma economia de mercado aberta e concorrencial.
Os limites de um discurso e ainda queriam que uma pessoa faça a revisão disto
Não faço parte dos que acham que Portugal percorreria um caminho mais
fácil se saísse unilateralmente do euro, em nome da competitividade da
economia, ou se denunciasse a dívida pública, proclamando que esta é
impagável... pelo contrário....VAMOS TER DE PAGAR A GAJA NEM QUE VENDAMOS OS PUTOS PARA UMA CASA PIA GLOBAL
E AS GAJAS QUE VÃO DAR O COURO PRÁ HOLANDA QUE A SUIÇA TEM POUCAS VAGAS OU PARA O MECO QUE TEM BUÉ DE VAGAS....E A NAZARÉ..
E não duvidAMOS que, depois de encostados às
cordas dum Poste com Pelotão de fuzilamento à frente por muitos anos de mau governo nos quais podemos incluir este e os próximos XIX
e de incentivos errados aos
agentes económicos, vulgo empresários do regime que dão tsunamis de robalos
Portugal passará sempre por um período de grande
aflição pois vai-se cantar o fado e de muita austeridade quando o dinheiro se acabasse pois temos péssimos falsários e muitos ladrões – e ele
acabou-se quando o Estado deixou de ter acesso aos mercados privados da
dívida e de impressoras que fizessem notas com gajos da histeria y da literatura e da cultura em geral se bem que da agricultura só o Dom Dinis e a gaja que fazia pão a partir das rosas acho que era a Helena Roseta....
Também nunca encontrei quem me explicasse que era possível, que
era realista, seguir uma estratégia diferente da adoptada por Gaspar, uma estratégia centrada na recuperação da credibilidade e,
através desta, numa renegociação com a
troika que acabou por, em
dois momentos, nos dar o “mais tempo e mais dinheiro” que, sem terem
sido reclamados na praça pública, foram efectivamente conseguidos à mesa
das negociações.
O problema desta estratégia é que ela nunca foi “além da troika”, ao
contrário da ilusão corrente. Gaspar refere por diversas vezes que as
crises devem ser momentos de mudança e de reforma, mas aquilo que em
Portugal mudou nem chegou a ser o que estava previsto que mudasse no
primeiro dos memorandos de entendimento. O ex-ministro reconhece que,
sobretudo por causa das consequências de sucessivos acórdãos do Tribunal
Constitucional, se deveria ter começado mais cedo a reformar o Estado,
essa tarefa sempre adiada. Na verdade dificilmente ele, que esteve no
coração de todos os processos de decisão nos dois anos em que tutelou as
Finanças, poderia ser o impulsionador dessas reformas. A clareza com
que expõe a estratégia que permitiu a Portugal regressar aos mercados
contrasta, ao longo de todo o livro, com as raras frases vagas com que
se refere às medidas concretas de uma política reformista.
Avillez Aviltantemente recorda-lhe muitas vezes a falta que a política
fez em momentos cruciais da governação, Gaspar vai-lhe sempre
respondendo dizendo olhe que não .......é o seu terreno.
Não o faz para apoucar
a actividade política, nem para menorizar os seus actores, antes para
se resguardar no lugar do espectador interessado que episodicamente
desceu ao relvado num momento de maior dificuldade da sua equipa. REFERÊNCIA ÓBVIA AO PAPEL DE FUTRE NOS CHARTERS DE CHINESES E NA RECUPERAÇÃO DO PORTUGAL DO AMASSÃO
Muito
se especulou...É VERDADE E O BANIF ENTÃO BASTA VER AS OBRIGAÇÕES.... durante o seu mandato sobre o seu gosto, até a sua intuição
para a actividade política, mas aquilo que resulta da leitura desta
entrevista-maratona não é o retrato de um político disfarçado de civil,
antes o de um alto-funcionário que fez política com uma racionalidade
implacável e muito poucas cedências aos floreados, às meias palavras, às
imprecisões e aos fingimentos que caracterizam o lado florentino da
política. Mas não só.
Não lhe faltou apenas quem “vendesse” melhor aos
portugueses a sua estratégia e a sua austeridade, faltou-lhe o que
também não existia em todo o Governo, isto é, a capacidade de lutar com
frontalidade por um modelo de Estado menos presente e menos paternalista
e por uma cultura cívica menos dependente do amparo tutelar, mas também
asfixiante, do Terreiro do Paço. Nem ele, nem o resto do Governo, forem
capazes de dizer, e de defender, que depois da
troika não
teríamos apenas um Estado mais económico porque sujeito a muitos cortes,
mas um Estado diferente porque fora capaz de devolver à sociedade mais
protagonismo e mais responsabilidade.
Gaspar por Avillez dá-nos assim um panorama
sobre os últimos dois anos e meio tirando-nos da carteira uma daquelas notas que o mercado não nos empresta
o que acaba por ser mais do que um sólido investimento e o
retrato de um País brilhante que foi capaz de executar quase toda a populaça com um aumento brutal de chicotadas psicológicas dadas com imenso
rigor e determinação, uma estratégia destinada a libertar-nos da
“emergência financeira” e a fazer-nos sair da condição de “garoto de
programa” e ir fazer companhia a um certo ex-apresentador da RTP.....